” As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém… Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto… e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” (Exupery)
Quando voltava para casa, pensativo em minhas reflexões, sem querer olhei para o horizonte a minha frente e ao erguer os olhos aos céus deparo-me com uma estrela cadente. Foi um período de tempo curtíssimo e de um bela grandiosa que adicionou àquela noite uma singela alegria que tento imortalizá-la nas linhas deste texto.
Para alguns ver uma estrela cadente é algo comum e fácil, utilizando-se de meios tecnológicos, porém para mim é um ato tão difícil de acontecer que me faz refletir que muitas pessoas, em nossas vidas, são como estrelas cadentes: chegam e se vão de forma tão rápida, mais sua passagem é brilhante, formosa e inibem a atenção que poderíamos dá para outros astros celestes.
O que fica é a lembrança. A boa memória daquele quadro bucólico e romântico ao mesmo tempo, infantil e cientifico, racional e emocional. Esta lembrança dá-nos a esperança de sempre ficarmos vigiando o céu. A mesma estrela nunca mais “cairá”; outra estrela nunca tornará a tomar teu lugar. Mais os céus de nossas vidas têm espaço suficiente para infinitas estrelas cadentes, e cada uma será lembrada pelo seu precioso momento, pelo seu lugar, pelo que estávamos passando. Cada uma com seu nome.
Para contemplar as estrelas cadentes, eis a fórmula: Deixe que a noite chegue, olhe para a escuridão da noite estampada no céu, espera que um dia você a verá, e depois que você a vir, a noite continuará, no entanto, esta noite será diferente de todas as demais.
Recife, 15 de setembro de 2011.

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