Como verdadeiro homem, Jesus sentiu diversos tipos de sentimentos inerentes ao seres humanos, bons e ruins: alegria, tristeza, angústia, júbilo etc. No entanto, quis o Pai Celeste que seu Filho sentisse uma das piores dores do homem: a perca do ente querido (Mt 14. 1-11).
Certamente o rabi da Galiléia presenciou diversas mortes entres seus parentes: supomos que o seu pai terreno, algum tio, algum amigo... Porém as Sagradas Escrituras narra apenas a morte de um único parente – João Batista, primo que tinha quase a mesma idade, possuía os mesmos ideais, serviam ao mesmo Deus. Por todas estas características, os primos viveram diversos momentos imensuráveis, cercado de amizade e uma história de amor a Deus e ao próximo inestimáveis, até que o agir divino os separou para que cada um desempenhasse sua função na execução no decreto do Eterno.
Um semelhante a Elias (Mc 9. 13), o outro, a Moisés (At 3.22). O que prepara o caminho (Mt 3.3) e o que é o Caminho (Jo 14.6). Mais do que ligação carnal, havia uma ligação espiritual vaticinadas pelos antigos profetas. De repente, chega a notícia: João Batista...Morto! Sem descrição é o que se passa na mente da Sabedoria, sem palavras foi o como o Verbo Divino ficou.
Alguns choram, outros gritam, desmaiam, abraçam. Jesus apenas se retirou: uma lugar ermo, deserto, solitário (Mt 14.13). Naquele lugar, ele queria chorar a morte do primo, o qual morava, naquele instante, no seio de Abraão. Jesus sozinho, Jesus triste, Jesus enlutado.
A tristeza, o luto, não finda de um hora para outra, não se esvai por qualquer motivo. Mas a Palavra de Deus mostra um povo que foi em busca do seu Senhor: um povo carente, necessitado, aflito por uma palavra que lhes desse esperança, ânimo para continuar suas vidas tão sofridas. E lá está Jesus enlutado e um povo sedento. Neste exato momento, a compaixão divina resplandeceu em Jesus (Mt 14.14). O sentimento de que João Batista estava melhor do que aqueles meros mortais e pecadores culminaram na providência do nosso Salvador para aquela grande multidão: sinais, milagres, maravilhas foram realizadas entre eles. O povo recebeu a benção material e espiritual.
Após este tão grande feito, mais uma vez Jesus quis ficar só (Mt 14.22). Pensamos que naquele momento de oração pedia forças a Deus para suportar a dor da perca e a saudade que sentiria do seu primo, era o Jesus homem que orava. Contudo, neste momento tão gracioso de dialogo com Deus, no mar, seus discípulos lutavam contra o vento e o mar agitado. Mais uma vez o amor de Jesus pelo ser humano é manifestado, indo ao encontro dos seus discípulos andando por cima do mar, Jesus traz bonança para todos. (Mt 14.24-32),
Nos dias de hoje, podemos ter a convicção que nosso Deus não está distante de nós (Mt 28.20), antes nós o louvamos por seus feitos realizados, por sua presença em nós. Se Cristo, enquanto homem, não deu lugar aos seus sentimentos que faria qualquer um se fechar para o mundo, antes atendeu o apelo popular, o socorro dos doentes num momento tão difícil da sua vida humana, quanto mais agora, cercado de gloria e esplendor tão qual João o viu e descreveu no Apocalipse.
Nosso Deus preocupa-se conosco, e é poderoso para agir em nossas vidas de acordo com sua vontade, de acordo com seu amor. Nunca estaremos sozinhos, sempre teremos a companhia daquele que é o Rei dos reis e Senhor dos Senhores. Em Deus faremos proezas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário